Body Combat é um programa baseado em várias artes marciais e que pretende desenvolver a técnica dos golpes simultaneamente ao treinamento físico de resistência de força, flexibilidade e agilidade, em uma aula pré-coreografada de 60 minutos de duração. Body é corpo e combat é combate.
Para entender a mania de body combat, é necessário entender o mundo de Les Mills.
O neozelandês Les Mills foi lançador de pesos e arremessador de disco durante quatro jogos Olímpicos, nas décadas de 1960 e 1970. Ele aproveitou a fama para abrir uma academia, que mais tarde seria considerada a mais influente do mundo, agora conhecida como Les Mills World of Fitness.
Les tinha um filho, Phillip, que, na década de 1980, estudou na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles. Phillip aprofundou seus conhecimentos sobre o mundo do exercício enquanto esteve lá e, ao voltar à Nova Zelândia, em 1980, tinha uma coisa na cabeça: coreografia.
Ele descobriu que o desempenho de um período de exercícios poderia ser bem maior durante uma aula coreografada, e aplicou essa ideia na academia de seu pai, em Aukland na Nova Zelândia. Para manter um certo padrão sobre todas as academias Mills no país, Phillip inventou um programa centralizado de rigoroso treinamento para formar instrutores de aeróbica. Foram abrindo mais academias, e começou a ser difícil dar conta da procura por instrutores. Daí surgiu a ideia de descentralizar o treinamento. Isso começou a ser fundamental ao final da década de 1980, quando Mills começou a exportar seu sistema para outros países. A única maneira de poder administrá-lo seria através de vídeos e outros meios de treinamento parecidos. Um dos seus programas mais conhecidos era o Body Pump. O Body Pump chegou a ser adotado em mais de 6.000 academias em 50 países. O nome Mills já tinha virado sinônimo de fitness.
Um dos elementos cruciais para o sucesso dos programas Mills é a padronização. Mills controla tudo desde o começo: dos vídeos de treinamento até as músicas usadas nas aulas. A parte mais importante, contudo, era o que Phillip Mills tinha aprendido: coreografia. A coreografia possibilita a exportação e o controle total dos programas Mills. Até o nome em inglês, Body Combat, não pode ser mudado. (A não ser nos Estados Unidos, onde por motivos de copyright prévio é chamado de Body Attack).
Adir Ferreira e Ron Martinez
Fonte: Inglês Made in Brasil – Origens e Histórias das Palavras do Inglês usadas no nosso Português, de Ron Martinez. Editora Campus. Compre na Livraria Saraiva.
