Portuguese listening/reading practice – Como um vexame na Copa pode afetar a economia? Posted by carol on Jun 28, 2018 in Brazilian News, Brazilian Profile, Culture, Customs, Economy, Sports, Vocabulary
Saudações a todos! Greetings to all!
As you may know, the 2018 Russia World Cup in in full swing, and people all around are gathering to cheer and root for their countries. Brazil’s victory yesterday has certainly gotten us Brazilians fired up for more goals! Have you guys been keeping up? If not, at least you can read a little about it here! Today’s listening and reading practice is an interesting article that explores the relation between the World Cup and the economy. It is called “Como um vexame na Copa pode afetar a economia?” (How can a humiliation in the cup affect the economy?). Hope you enjoy it as much as we are enjoying the games!
Let’s go over our customary steps:- Listen to the audio first. See if you can identify any words and write them down, if you want to.
- Scroll down and read the text. You can try reading it out loud to practice your pronunciation and speaking skills, or play the audio again and follow as you listen. Read each sentence carefully and see what you can recognize and understand.
- Check translated text in italics. What were you able to grasp? Which parts were the most difficult? It’s a good idea to read the text in Portuguese again now that you know its full meaning.
1. Ouça/ Listen
Part 1:
Part 2:
Part 3:
2. Leia/ Read
Como um vexame na Copa pode afetar a economia?
Parte 1: O mercado financeiro nos dá uma boa ideia dos efeitos do futebol sobre a economia. Por quê? Preços de ações estão disponíveis diariamente, possibilitando observar o efeito bem imediato dessas emoções. O principal resultado é que, em média, a Bolsa de um país cai fortemente no dia seguinte a uma derrota da respectiva seleção. O interessante é que vitórias não têm nenhum efeito significativo. Decepções mexem muito mais com o comportamento dos indivíduos (e, em particular, daqueles envolvidos no mercado financeiro) do que alegrias.
Os efeitos são mais fortes nos jogos da Copa do Mundo –especialmente em fases decisivas. Especialistas ainda avaliam impactos em outros esportes (rugby, cricket, basquete e hóquei no gelo). Encontram resultados parecidos, porém mais fracos do que os observados no futebol. Deveríamos esperar algum impacto de jogos de futebol na Bolsa de Valores?
Parte 2: No mercado financeiro, o preço das ações sobe e desce em função da expectativa de lucratividade da empresa no futuro. Se algum evento mexe nessa expectativa, a ação pode ficar mais ou menos atrativa aos investidores –o que impacta seu preço no presente. Bom, pode-se supor que os indivíduos –em particular quem está comprando e vendendo ações em Bolsa– são estritamente racionais. Mas as pessoas são de carne e osso. Suas ações dependem do humor e das emoções, que são afetados pelo futebol. Assim, sua disposição a comprar e vender ações, a tomar mais ou menos risco, é impactada por choques emocionais, podendo alterar os preços das companhias transacionadas em Bolsa.
Não quero com isso dizer que as pessoas são totalmente emocionais, e que informações concretas sobre companhias pouco importam para determinar seus preços. Essas informações são relevantes, e o lado racional dos investidores tem, claro, peso. Mas as emoções também têm seu papel a desempenhar.
Parte 3: Há outros eventos que mexem nos preços das ações, e que aparentemente não têm nada a ver com a lucratividade das companhias. Por exemplo, Bolsas tendem a cair sistematicamente nas segundas-feiras e a subir em vésperas de feriados. Outro exemplo: preços de ações tendem a se reduzir logo depois que os relógios são ajustados no horário de verão –e as pessoas têm sua rotina de sono bagunçada, potencialmente afetando o humor.
Você já deve ter ouvido por aí que várias profissões estariam ameaçadas pelo avanço da automação. Profissionais do mercado financeiro também estariam nessa lista, com decisões de compra e venda de ativos passando a ser realizadas por computadores. Será que, com essa tendência, choques emocionais (como uma derrota da seleção na Copa) teriam cada vez menos efeito na Bolsa?
How can a humiliation in the Cup affect the economy?
Step 1: Oh, my heart! Galvão Bueno’s catchphrase sums up the emotions involved in a World Cup. Joy and disappointment are associated with the victories and setbacks of our team. These feelings can mess with our behavior and ultimately affect the economy.
The financial market gives us a good idea of the effects of soccer on the economy. Why? Stock prices are available daily, allowing you to observe the very immediate effect of these emotions. The main result is that, on average, the stock market of a country falls sharply on the day following a defeat of their respective team. The interesting thing is that victories have no significant effect. Deceptions interfere much more with the behavior of individuals (and, in particular, those involved in the financial market) than joy.
The effects are stronger in World Cup games – especially in decisive stages. Specialists further assess impacts on other sports (rugby, cricket, basketball and ice hockey). They find similar results, but weaker than those observed in soccer. Should we expect any impact of soccer games on the Stock Exchange?
Step 2: In the financial market, the stock price goes up and down depending on the company’s expectation of future profitability. If any event alter this expectation, the stock can be more or less attractive to investors – which impacts its price in the present. Well, it can be assumed that individuals – particularly those who are buying and selling stocks in the Stock Market – are strictly rational. But people are flesh and blood. Their actions depend on mood and emotions, which are affected by soccer. Thus, their willingness to buy and sell stocks, to take more or less risk, is impacted by emotional shocks, and may change the prices of companies traded on the Stock Exchange.
I do not want to say that people are totally emotional, and that concrete information about companies matters little to determine their prices. This information is relevant, and the rational side of investors has, of course, weight. But emotions also have a role to play.
Step 3: There are other events that affect stock prices, which seemingly have nothing to do with the companies’ profitability. For example, Stock exchanges tend to fall systematically on Mondays and rise on the eve of holidays. Another example: stock prices tend to fall shortly after clocks are adjusted during daylight savings -and people have their sleep routine messed up, potentially affecting their moods.
You may have heard that several professions would be threatened by the advancement of automation. Financial market professionals would also be on this list, with asset buying and selling decisions being made by computers. Could it be that with this trend, emotional shocks (such as a World Cup defeat) would have less and less effect on the stock market?
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